pois eheh * B'Free * - Chapter 7


Capítulo 7
 

            De manhã, acordamos juntos. Na hora em que o Matt tava saindo do quarto o Nick chega. Ele olha pro Matt e pra mim e dá um sorriso. O Matt me dá um beijo no rosto e vai embora dizendo que tinha que ir mas que ia voltar assim que pudesse. Depois o Nick me pergunta quem era eu falo e ele diz que já tinha ouvido falar dele que a Bel já tinha falado sobre ele. ( Bel linguaruda!). e me fez a pergunta indiscreta:

- Vocês  dois por acaso, vocês ....
- Se a gente transou? Não Nick a gente não transou ele só dormiu aqui como você dorme no quarto da Bel. Mas porque a pergunta? Se apaixonasse por ele? – disse puxando o nariz dele.
- Eu não e nem por ele. Quem tá apaixonado é outro, mas deixa pra lá. Vim te  chamar pro café.

            Agradeci, me arrumei e fui tomar café com eles. A mesa estava uma bagunça porque juntou os dançarinos e tudo era uma festa. Não sabia que o café era tão divertido para eles. Sem contar a comida que eles comem. Que coisa. Tudo gorduroso. O AJ comia ovos, bacon, o Nick atacava o cereal e tomava achocolatado, o Brian também ia de ovos e bacon, o Howie e o Kevin comiam panquecas com mel, depois o Kevin se deliciou com um sanduíche com manteiga de amendoim. Eu olhando toda aquela fritura me enjoei e acabei ficando nas frutas. A Bel seguiu meus passos, já a Mari e a Lilly estavam totalmente adaptadas a comida americana.
            Terminamos o café e os meninos foram para um programa de entrevistas, eles tinham que ensaiar lá. Já nós fomos ao estádio ensaiar. Quando as fãs que estavam lá olharam o carro chegando já pularam em cima, mas era a gente e elas logo abriram passagem. A Fátima já estava lá, fez a gente se aquecer e ensaiamos o dia inteiro. A gente almoçou por lá mesmo. Voltamos mortas para o hotel e ainda os meninos queriam festa. Fizeram uma festa no quarto do AJ. Eu acabei não indo, estava muito cansada e não estava a fim de ver todo mundo se divertindo. Daqui a pouco a Bel toda faceira bate na porta do meu quarto.

- Val, você não vai na festa?
- Não Bel,  estou morrendo de dor de cabeça. Porque você está com esse sorriso?
- Olha só a camiseta que o Nick fez!

            E me mostrou a camiseta. Era uma foto deles juntos e escrito “Together Forever”. Muito bonita a camiseta e a Bel nas nuvens. E ficou me contando como estava o namoro, que o Nick era muito carinhoso, que tudo parecia um sonho e que ela estava com medo de acordar. Disse pra ela que se fosse um sonho acabava amanhã que ia virar pesadelo. Ela me perguntou o porque desse meu pessimismo e eu falei que era a minha dor de cabeça. Ela então me deixou sossegada e eu dormi.
Acordamos cedo no outro dia. Tínhamos muita coisa a fazer. Era o dia de nossa primeira apresentação. Os meninos nos fizeram tomar um breakfeast super caprichado. Nos encheram de dengos.
            Tentamos agir como um dia normal, mas a medida que a hora do show chegava o coração acelerava...
            Passamos o dia inteiro no estádio. Nos arrumamos e chegaram as fãs que tinham backstage. Nós estávamos com umas roupas super legais .E saímos do ônibus dos meninos e elas vieram ao nosso encontro. Eram super legais essas meninas. Tiramos fotos e demos alguns autógrafos e de repente os meninos saíram do ônibus, elas ficaram sem jeito de nos largar lá e os meninos percebendo isso, vieram até nós e eles as levaram até os camarins deles. Logo elas voltaram para a platéia. E chegou a nossa hora. Olhamos para eles e eles nos deram o maior apoio.

            Entramos no palco. Estava tudo escuro. A música começou a tocar no fundo. Meu coração disparou. Eu começava. A luz caiu em cima de mim. Comecei a cantar, primeiro trêmula, como ninguém vaiou continuei e veio a Mari, tocou no meu ombro e cantou.. a Bel veio pelo outro lado e fez o mesmo. A Lilly chegou e abrimos passagem pra ela, ela era só Segunda voz, mas fizemos de um jeito que ela não se sentisse excluída. A música se chamava “We Will Win together” falava um pouco da nossa história, da amizade, era emocionante. No final da música eu e a Bel estávamos quase chorando e nós terminamos a música cantando juntas : “We will Win together, we are friends, we care about  one each other, I cant walk without you, just take my hand and we will go on... “. era muito bonito o final porque eu e a Bel sentimos a música. O Público aplaudiu e começou uma música mais rápida e nós dançamos e cantamos.
            Chegou a  hora do solo de cada uma. A Mari foi a primeira foi muito aplaudida ela tem a voz muito linda. Foi a Bel, também foi muito aplaudida. Chegou a minha vez. Eu não parava de tremer. Olhei para trás e lá estava os meninos fazendo figa e força para a gente. Entrei. Silêncio. A música toca. Fala do amor perdido, do amor da sua vida que estava na sua frente e não foi percebido. Só quando se perdeu. A dor de se perder o primeiro amor. Me lembrei do AJ, não sei por que mas eu cantei com todo o meu coração. Não prestei mais atenção no público, só existia eu e a música.
            Terminei de cantar. Silêncio. Olhei para o público. Algumas choravam. De repente explode as palmas, muitas. Agradeço e as meninas vem para a última música.
            Fomos muito aplaudida. Saímos do palco. Não é possível! Estão pedindo mais uma. Não sabemos se cantamos os meninos praticamente nos empurram para cantar. Mas qual cantar? Lembrei da From This Moment On. Então cantamos. Eu fazia a Shania, a Bel fazia o Nick e o AJ, a Mari o Howie e o Brian e a Lilly fez Segunda voz como o Kevin.
            O público aplaudiu. Elas gostaram! Elas gostaram! Saímos eufóricas! Os BSB lá atrás batendo palmas para a gente o Nick agarra a Bel e diz que está muito orgulhoso. Eles abraçam as meninas. Quando vieram em minha direção eu abaixei a cabeça e saí. Tentaram ir atrás, mas estava na hora do show deles. A Bel vai correndo atrás de mim para saber o que houve. Me encontrou num canto chorando. Me pergunta o que houve eu não sei explicar. Eu não queria acordar , dizia. Tudo parecia um sonho. Mas que droga Val, o que você tem? Me pergunta ela. O pior é que eu não sei. Sinto uma pressão no peito. Ela fala comigo eu não consigo entender. Tá tudo embaralhado. Olho pra Bel.

- Porque diminuíram as luzes?
- Diminuíram o que?
- Agora apagaram, quem foi?
- Que você tem Val?
- Não entendo o que você diz. Quero me sentar.
- Você está sentada.
- O que você disse? Não escuto. Tá tudo escuro. Não tô mais sentindo nada. Tá tudo dormente.
- O que você disse Val? Você tah embaralhando as palavras!

            Não escuto mais nada. Tento me levantar, mas caio no chão. Olho pra cima, só vejo a escuridão, estou sozinha. Não sinto mais nada. Apagou tudo. Sinto como que flutuando. Onde estou? Fico flutuando na imensidão negra. A Bel se desespera, me sacode, nada. Grita comigo? Olha bem pra mim, estou branca. Me sacode, estou mole, sem reação. Ela berra, mas eu não escuto ela berra por socorro, mas com o barulho do show ninguém a ouve. Ela corre e chama alguém. Que me pega no colo e me leva até os paramédicos que estavam de plantão. Eles me olham. Colocam soro. Tentam me animar. Nada verificam a pressão, muito fraca. Se desesperam se aprontam pra me levar para o hospital. E eu naquela escuridão. Não sentia nada. E então eu me lembro que nunca tinha assistido a um show dos BSB e eu estava nos bastidores, visão privilegiada.  Mas o que estou fazendo aqui flutuando? Resolvo me deitar. Abro os olhos. Tem dois caras me olhando com cara de idiotas. Mas onde diabos eu estou? Numa ambulância. Ö tio eu não sou louca, eu tenho que ver o show, me levanto eles me fazem sentar. Tenho eu tomar a droga do soro. Pergunto o que eu tinha. Disseram que tive uma queda muito brusca de pressão por causa do calor, do stress e da emoção.
            Ah, bom agora posso ir... mas não me deixam. Me deixaram até o final do show naquela ambulância horrorosa sem nenhuma decoração. Fiquei muito p*. as vezes apareciam algumas fãs desmaiadas. E eu brigava com eles. Por que diabos elas podem ir e eu fico?
            Terminou o show, as fãs foram embora. Mas por que diabos ainda estou lá? Lá vem os garotos correndo pra saber o que aconteceu. Eu  falo que os paramédicos se apaixonaram por mim e querem me manter cativa. Eles riem e me deixam ir embora, com a droga do soro no braço. Não é para eu tirar eles dizem. Eu prometo que não vou. Assim que a droga da ambulância vai embora eu arranco aquela coisa do braço. Nossa me deu sono. Defesa imunológica. Que coisa. Pegamos o carro e voltamos para o hotel. Os meninos caem cansados nas camas. E eu também, mas a Bel vem cuidar de mim. Tenho que descansar ela diz. E fica do meu lado até eu dormir.
            No outro dia de manhã. Todos vem ao meu redor pra saber o que tinha acontecido. Explico que não foi nada. Eles acreditam e nos parabenizam. O show estava demais. O AJ vem me falar que amou o meu solo. Que sentiu que eu cantei com o coração. Que estava lindo e fomos ensaiar.
            Dessa vez eu não tive nada e pude assistir todo o espetáculo.
            A gente foi para o Canada logo depois.  Passou uma semana. O público adorava a gente. Em uma cidade gostaram tanto da gente que fomos chamadas para uma entrevista num rádio.  Chegamos lá fomos muito bem recebidas e começaram as perguntas, quem éramos, da onde vínhamos como conseguimos. Quando dissemos que éramos brasileiras estranharam. Porque não cantam no Brasil? Porque o Brasil eh uma sux. Não dá pra cantar lá. Não íamos conseguir um milésimo do que conseguimos lá. Perguntam as idades. 15, 15, 16 e 19/20 como 19/20? É que eu faço niver daqui a 3 dias. Já me dão os parabéns.  Agradeço saímos da entrevista, vamos para o show.
            Cantamos, amaram a gente de novo. Começamos a grudar nos BSB, é que ficávamos tanto tempo junto, ensaiando e tudo que a gente só se desgrudava na hora de dormir, nem todos né? Hehehe.
            Fomos para outra cidade no dia seguinte. Show lá e voltamos para Ottawa. Descansamos um dia.
            Chegou o dia do meu níver. Bem cedo o Matt me liga e diz que está chegando.  Ele veio dos EUA só pro Canadá, só pra me dizer parabéns. Ele chega no Hotel. Me trouxe um urso enorme, e faço ele entrar no quarto. Ele me dá um colar com um porta retrato. Nele tem uma foto minha e uma dele. Para eu não esquecer dele ele diz. Ele vai ficar dois dias na cidade. Vai ficar num hotel próximo. Ele me dá um beijo. Retribuo. Me chamam, hora do café. Ele vai pro hotel dele e  eu vou tomar café. Espero que alguém me dê parabéns. Nada. A Bel ainda não chegou na mesa. Ela com certeza vai me dar parabéns. Ela desce, mas nada. Calma, o pessoal não acordou daqui a pouco vão se lembrar.
            Fomos ensaiar. Almoçamos e ninguém se lembra do meu aniversário. Mas que coisa. Voltamos ao hotel. Chegaram algumas cartas de alguns fãs que a gente conseguiu me desejando feliz aniversário. Choro. Como é gratificante receber um feliz aniversário deles. O telefone toca, era  Minha irmã. Lá já é 5 da tarde. Pede desculpa por não Ter ligado antes, mas ela se esqueceu como se ligava, essa é minha irmã, ela pergunta se eu não deveria estar me arrumando para o show, tenho que explicar que tem diferença de algumas horas em relação ao Brasil, ela tinha se esquecido. Eita! Me diz feliz aniversário. Minha outra irmã também, então eu conto a nova para elas.

- Grace, você sabe que a gente tá fazendo shows né? – pergunto para a minha irmã do meio.
- Sei. Tadinho do público. Estás cantando com quem? Pra quem estás abrindo o show?
- Se senta.
- Porque?
- Senta.
- Sentei
- Dos BSB. Nós passamos o dia inteiro com eles, dormimos no mesmo hotel, tomamos café da manhã com eles. Enfim, estamos sempre juntos. – esperando algum grito e não ouço nada – Grace? Grace? Você está aí?
- Mana? – minha irmã mais nova – Porque a Grace saiu correndo e berrando?
- Ah, porque eu falei que eu estou aqui com os BSB a gente abre o show deles. Passamos o dia inteiro com eles – ouço minha irmã mais nova berrar como louca, depois dela se acalmar um pouco pergunto – e aí? Gostou?
- E como. O Howie está aí?
- Heheh sua safada. Sim ele está aí. – chamo  o Howie e coloco o telefone no viva voz
- Hello,  Stacy
- AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH – minha irmã histérica – I LOVE YOU HOWIE!! YOU ARE SO HOT!!! HOPE MEET YOU SOMEDAY!!!! HOPE BE YOUR FRIEND!
- Are you Val’s sister, right?
- Yeah.
- So You are my friend, my close friend, I promise when we go to Brazil, I will visit you, ok?
- Oh Howie, dont say this I will die waitin for this day. I know will delay a lot...
- I know but we will do the possible to go there.. our fans deserve it. We never go to there. I mean all of us. And we will, dont worry.. we will soon!!!
- Ok Howie Thks a lot! – o Howie passou o telefone para mim, eu tirei do viva voz   e a sapeca da  Stacy já perguntou – Já visse ele se trocando?
- Ahan. Pra ser sincera já vi eles de cuequinha. São muito bonitos, se você se comportar deixo vocês  virem no backstage, ok?
- Ahan. Brigada mana e feliz aniversário.
- Brigada.
- A Grace quer falar com você. – A Grace pega o telefone e quase berra
- Por que diabos você não me disse que eram eles?
- Porque você não perguntou, ué.
- Como é o AJ?
- Doido!
- É? Que ótimo!! Já visse a casa dele?
- Ahan. Já dormi lá. Tomei banho de piscina com eles. Eles são muito legais.
- EU NÃO ACREDITO!
- Pois pode acreditar.
- Quando eu posso ir aí?
- Só depois que você terminar os estudos. Até a terceira série pelo menos. E se passar direto. Se passar no vestibular você passa as férias todas nos acompanhando.
- Vou ser a melhor! Tenho que desligar! Queres falar com a mãe?
- Com ela? De jeito nenhum. Prometi que não o faria. Ela me renegou. Enato que arque com as conseqüências! Por falar nisso , estou mandando dez mil dólares pra vocês  arrumarem a casa e sei lá.
- Pow, dá vinte mil reais!!
- Pois é. Viu? No final sou eu que estou pagando as contas. Sou a única que trabalho!
- Já estava na hora. Tenho que ir Bubye
- Bye!

            Almoço. Aparecem umas fãs que conseguiram se hospedar no hotel. Tô deprimida e elas vão até os BSB. Normal. Já me acostumei. Elas se viram e vem em minha direção. Vieram com um ursinho de pelúcia me desejar feliz aniversário. Agradeço. Tiro fotos. São muito simpáticas. São três. Annie, Mylla e Sammy. Ficamos conversando. Falaram que assistiram o primeiro show que a gente deu e amaram a banda. Continuavam preferindo os BSB ( bah, é obvio né?), mas agora eram nossas fãs também. Descobriram através da entrevista na rádio que era meu aniversário. Como iam no show a noite, se hospedaram no hotel e vieram me dar os parabéns. Muito simpáticas mesmo. Pergunto se elas gostaram mesmo e dizem que até gravaram o nosso show e começam a cantar uma das nossas músicas. Vocês  não imaginam o quão gratificante é ouvir da boca de alguém que diz que te aprecia uma música que você canta a apenas 2 semanas! Acabei dando meu telefone para elas, e elas disseram que não iam contar pra ninguém  que tinham o telefone.
            Hora do ensaio. Me despeço delas e o Matt vem chegando. No final, ele vai ver o ensaio com a gente. Ele sabe as letras de todas as músicas. Eu tinha mandado uma fita da gente cantando. Ele é tão fofinho.
São 4 da tarde. O show é as 8. O pessoal resolve descansar. Vou dar uma volta com o Matt. Ele me leva a um parque. Ficamos embaixo de uma árvore conversando. Ele estava tão lindo! Puxa eu estava mesmo me apaixonando por ele. Ficamos de novo. Tá na hora de voltar para o teatro. Dou um ingresso pra ele poder assistir o show na primeira fila.
            Me lembro da Jenny e do Mike. Corro e pego alguns backstages , alguns ingressos especiais que não tem validade, e entrego pra ele e peço pra ele entregar pro pessoal.
            Ele se  senta. São 6 horas. Abrem as portas do teatro as fãs correm. Pois só as primeiras 3 filas são numeradas. Ingressos mais caros , apesar disso foram os primeiros a se esgotarem. Sempre guardávamos uns 10 para nossos amigos ( nossos, dos BSB, normalmente eram eles que levavam amigos, mas dessa vez eu escondi um para o Matt). E a correria pra pegar os melhores lugares. E eu ali olhava aquele tumulto. Alguém berra lá: é a Val , e corre ao meu encontro. Dou um autógrafo. A Bel aparece correm para ela também. Eram poucos porque nem todos conheciam a banda. Mas daí a gente diz que temos que tomar banho e nos arrumarmos e eles nos deixam ir.
            O show começa. Fizemos o nosso. O pessoal adorou. Fomos pros bastidores. Era a vez dos BSB.
            E eu muito atucanada porque ninguém tinha se lembrado do meu aniversário. Os BSB fazem de repente uma pausa que não estava programada.
            O AJ no meio de uma música:

- Pára! Pára! Pára tudo! – a banda para de tocar – Valeu!
- Não podemos parar o show AJ! – fala o Howie. O público fica boiando.
- Claro que podemos – retruca o Nick
- E devemos ! – fala o Brian
- Ora,  ela é muito especial. Merece isso! – fala o Kevin com aquela voz super sexy.
- Tá bom. Se é por esse motivo. Vamos parar! – responde o Howie.
- Amado público – ai que fofo o AJ falando – estamos aqui pra homenagear uma pessoa que nos últimos tempos tem sido muito importante para nós. Ela tem sido, nossa amiga, nossa conselheira, parceira nas brincadeiras, agora faz parte da nossa família.
- FALA QUEM É!! – grita uma fã curiosa
- Bem, ela é brasileira! – diz o Howie
- I’M BRAZILIAN, YO SOY BRASILEÑA! EU SOU BRASILEIRA! – grita uma brasileira
- E poliglota também! – ri o Brian.
- Não meu anjo, não é você – diz o Doce Howie.
- Antes de falarmos quem é. Vamos chamar as amigas dela. ..
- EU EU EU SOU AMIGA! – berra uma fã louca pra subir no palco
- Que neste momento estão distraindo ela. Ela não sabe de nada e conto com vocês para fazerem esta surpresa. Ela é a Val. Aquela que cantou o último solo. – continua o AJ
- Aquela ruiva bonitona – brinca o Brian, e as fãs berram de raiva.
- Calma meninas, ela é nossa irmãzinha não se desesperem, eu ainda estou solteiro. Por favor, quem quiser sair comigo, pegue a senha na saída! – brinca o Nick e cai na gargalhada. Mas  tem umas  fãs meio tontas que saem correndo e ficam na porta de saída esperando por uma senha – Ei! Meninas, calma, eu estou brincando!!! – elas voltam pros lugares desconsoladas.
- Pois é, a Valzinha... – diz o Kevin e as fãs berram de ódio já – a Valzinha – de novo berram – a Valzinha – de novo , ele ri divertido – Pô mas vocês  gostaram dela hein? Toda vez que eu falo no nome da Valzinha – elas berram – vocês  berram! Que legal – começa o Kevin a rir.
- Kevin, para de rir e fala logo seu feio! – diz o Brian e algumas fãs discordam. Ele bota a mão na cintura contrariado – quer dizer que ele é mais bonito que eu? – e as fãs do Kevin berram sim e as do Brian berram  não- Calma meninas, nós somos primos, somos lindões!! – e começa os gritos porque umas dizem que o AJ é o mais bonito, outras o Nick e assim por diante. Então o Matt Berra:
- Que nada a Val é a mais bonita! – o AJ olha pra ele e ri
- Sabe que eu também acho! Kevin, Brian, a Val é bem mais bonita que vocês . eu hein! Achar homem bonito – se diverte o AJ
- CONCORDAMOS – falam  os dois juntos.
- Continuando o que eu estava falando – o Kevin volta a falar – a Valzinha – olha os gritos de novo, mas dessa vez ele ignora – a Valzinha está de aniversário hoje e nós vamos fazer uma surpresa para ela. Ela acha que nós esquecemos do aniversário dela, mas não esquecemos. As meninas estão lá atrás distraindo ela e nós vamos cantar parabéns para ela quando ela aparecer. Mas nós queríamos que vocês  nos ajudassem. Pra mostrar que a gente se importa com ela. Vocês  ainda não a conhecem direito. Quem conhece sabe que ela é uma pessoa maravilhosa – gritos – pra vocês  terem uma idéia, tem gente que veio de Orlando só para dar os parabéns para ela! – e aponta para o Matt - Matt, sobe aqui. – o Matt sobe no palco – Você vai nos ajudar a fazer essa surpresa para ela. Nós agora vamos cantar uma música do nosso disco Millennium, creio que todas vocês  conhecem, nós combinamos com as meninas que quando nós cantarmos essa música elas vão trazer a Val para cá e então quando pararmos a música, todos cantamos juntos parabéns, ok? – o público grita que sim e ele se vira para banda – ok! Let’s do it! Essa música é para vocês , nossas fãs!
            A banda começa a tocar “Larger Than Life” e a Mari corre pra avisar que estavam tocando essa música e as meninas que tinham me levado para longe para eu não ouvir o que eles estavam falando, me levam até a entrada do palco. Como eu adoro essa música fiquei por lá para escutar. As meninas vão me empurrando até o palco. Bem na hora em que terminam a música elas me empurram o palco. Lá to eu na frente daquela multidão e o Matt aparece no palco também. O Kevin faz um gesto com a mão e me chama. Eu não entendendo nada vou até ele. Então ele pega na minha mão e fala.

- Poxa Val, hoje você está diferente, tá parecendo mais madura. – e eu não entendendo nada – notamos que você está um pouco aborrecida hoje e então nós resolvemos te animar.

            A Banda começa a tocar e eu escuto primeiro eles cantando parabéns, as meninas aparecem cantando também, já to chorando e então o público começa a cantar. Aí foi aquele aguaceiro!!! Foi tão lindo. E de repente aparecem umas fãs com umas rosas na mão e me entregam com presentes. Um monte de fãs resolvem dar para mim os presentes que iam dar para os BSB. Eu chorando mais do que se tivessem aberto uma torneira, agradeço a todas. Quando terminam de jogar os presentes. Eu olho para os meninos com uma cara brava

- Mas que droga vocês  hein? – eles me olham espantados – Agora me fizeram borrar a maquiagem! – eles riem e vem e me dão um abraço.
- FELIZ ANIVERSÁRIO VAL! – dizem todos e o Howie complementa – Feliz Cumpleãnos!!!
- Ah, valeu, Howie... não entendi nada, mas tudo bem! – já digo rindo, olho pra eles – sim, mas o que vocês  estão fazendo aí parados? O Show tem que continuar.

            Eu saio do palco e o Matt me dá um beijo, que nossa! Quase perdi o fôlego. Agradeço as meninas e dou uma bronca por me fazerem chorar. O show termina e eles me levam para o salão de festas do hotel que eles tinham preparado para uma festa. Não sabia como agradecer. Fique tão feliz. Tinha bolo e tudo. Filmaram, tiraram centenas de fotos. O Mark , nosso empresário diria que ia por tudo na nossa home page que eles estavam fazendo. Eu disse que eles estavam sendo precipitados que a gente não ia fazer tanto sucesso assim. Ele disse que era besteira e eu me esqueci da conversa e me diverti.
            No outro dia todos dormimos até o meio dia, todo mundo cansado.

            E assim 2 meses se passaram. Nós estávamos na Europa, mais precisamente na Alemanha e lá na Europa o público se apaixonou pela gente. Começamos a ficar famosas lá.
            Começamos a gravar o nosso próprio cd. Começamos a ganhar dinheiro.
            Assim mais duas semanas se passaram. Nós e os BSB tínhamos intimidade suficiente e a gente vivia junto, íamos nas mesmas festas , nos mesmos lugares. Fizemos uma grande festa para o Kevin. 30 anos! Ele estava nos trinta e continuava lindo!  Eu estava muito confusa pois não sabia de quem gostava, se era do Matt ou do Kevin. A Bel estava de vento em popa com o romance com o Nick, ela só se aborrecia porque tinha um fã que era apaixonado por ela e viva a perseguindo. O Nick se queimava. Tivemos uma pausa de 15 dias e voltamos para os USA. Me encontrei com o Matt. Eu estava com uma saudade gigante dele. No fim, acabamos namorando, na verdade a gente estava namorando desde o meu aniversário. A mãe dele me adorava.
            Descansamos bem lá. A Bel ficou na casa do Nick e conheceu a família inteira dele, a BJ, a Leslie, a Angel, o Bob, a Jane e amou o Aaron. A Mari continuava o lance com o dançarino. A Lilly continuou na mesma.
            O AJ estava com a Amanda e o Brian teve uma discussão com a LeighAnne.
            Três dias  antes da gente embarcar para a Espanha, a Bel Viana liga para a Bel e elas conversam horas. A Bel ( a da banda) conta sobre o fim do namoro com a Leigh e a Viana diz que ia pegar um avião. A Bel diz que a gente estaria indo pra Espanha em três dias e convida ela para passar um tempo com a gente. Ela aceita e diz que em 5 dias estaria com a gente.
A Bel corre e me conta a novidade.
            Chegou o dia da viagem. Me despedi do Matt que não podia ir comigo por causa da mãe dele. Embarcamos. Chegamos em Madri e ficamos por lá ainda descansando o show seria só dentro de 3 dias, dois dias depois chega a Bel Viana.             A Bel foi buscar ela no aeroporto e a levou para o hotel. A Viana me cumprimenta.

- Ah, então você é a famosa Val, a Bel não parava de falar em você
- Claro Bel, ela é minha maninha.
- Você são bem unidas né  Bel?
- Claro Bel.
- Vocês querem me fazer um favor? – digo olhando séria para elas
- Claro – respondem as duas
- Por favor, parem de se chamar de Bel, eu já estou tonta! – elas me olham rindo e eu proponho uma solução – Faz o seguinte a mana Bel continua Bel e a outra Bel fica Isa, ou Izzy.
- Prefiro Izzy.
- Intao tá... Izzy, assim eu posso conversar com vocês  duas sem Ter uma distensão no meu pescoço.

            Elas riram e nós a apresentamos para todos os BSB e para todo mundo. A Bel , ops a Izzy se encantou com o Brian. Ele gostou dela. Mas ela ficava olhando ele com uma cara de babaca que toda vez que eu via eu tinha que rir... parecia que ia sair coraçõezinhos dos olhos dela. E o tempo foi passando.
            No fim, a Izzy estava de rolo com o Brian.
            E o Natal foi chegando. Nós estávamos famosas na Europa. Estávamos preparando o primeiro vídeo clip. Resolvemos fazer da música de amor que era a nossa música mais tocada, vale dizer que o CD já estava pronto, íamos lançá-lo no Natal. Mas tinha um single que foi mandado para as rádios.
            Fizemos o clip que ficou pronto em 3 dias. O Clip mostrava cada uma com um namorado. Todas muito apaixonadas. Mas um dia eles saíram e não mais voltaram. Morreram. Mostrava nós falando da imortalidade do amor e da dor de perder um amor. No fim do clipe quando a gente falava que o verdadeiro amor é eterno e que se você acha que o perdeu, na verdade não o perdeu, ele está esperando por você em outro lugar. E nos mostrava já velhas, morrendo e pensando em nossos amores. Nós morremos e vamos caminhando por um campo florido de iluminado e lá estavam eles nos esperando. Nós corremos ao encontro deles e nos beijamos e nos abraçando. E o clip acabava com a gente andando de mãos dadas até o céu e eu falando ao fundo “ love is imortal, with you I found the happiness, You left my life, but I still love you, from the bottom of my heart, You gone, but onde day once more we will be together, forever”. Essa era a música que eu fazia o solo.
            Então resolvemos gravar um single de natal. O pessoal adorou porque a gente cantou com os BSB.
            Depois do show beneficente de Natal que nós demos, todos tiraram férias de um mês. E no Natal, o cd foi lançado. Vendemos 100.000 cópias em apenas 1 semana. Voltamos para Orlando. Eu fiquei na casa do Matt. Lá nos USA a gente ainda não era conhecida. O Canadá já tinha ouvido falar da gente, mas na Europa, estávamos famosas.
            A mãe do Matt piorou. Ficou muito doente e morreu logo depois do ano novo. Com ela estávamos só eu e o Matt.      Antes de morrer ela pegou as nossas mãos e juntou dizendo:

- Meus amores, onde quer que eu estiver eu gostaria de ver vocês  dois juntos. – o Matt já ia falando algo, mas ela não o deixou – eu sei que vocês  dois se amam. Só não o sabem ainda. Eu vejo nos seus olhos. – virou pro Matt – Matt meu filho amado. Você só me trouxe alegrias durante a minha vida, você foi o filho que toda mãe gostaria de Ter. saiba que eu te amo
- Eu também mãe, não me abandone, mãezinha, eu te amo muito – disse enxugando as lágrimas que agora escorriam eu também chorava.
- Val – ela disse se virando para mim – mesmo te conhecendo tão pouco eu gostaria de te agradecer por Ter feito o meu filho tão feliz no último ano. Só por isso eu te amo tanto quanto ele, nunca poderei te retribuir a alegria que desse ao meu filho. Saiba que aonde eu estiver, eu estarei velando por vocês  dois. Pode não ser possível, mas eu gostaria de ver vocês  juntos. Eu sei que um dia vocês  vão estar juntos. É uma questão de tempo. O amor de vocês  vai provar isso. – ela afagou os meus cabelos – Não chore criança, eu estarei por perto, cuidando de vocês . Espero que vocês  dois tenham muitos  filhos pra me alegrar lá em cima.

            Eu não sabia o que dizer. Eu estava vendo a mãe do um namorado morrendo na minha frente, ele chorando e ela tão calma, tão serena. Ela tinha sido uma ótima sogra para mim, só tinha a agradecer. Então ela se ajeitou olhou para mim de novo.

- Val gostaria de te fazer um último pedido
- Sim Maggie.
- Mesmo que vocês  não se casem, eu gostaria que vocês  continuassem amigos pelo menos. E que você cuide bem do meu bebê.
- Pode Ter certeza disso Maggie eu irei cuidar muito bem dele. – ela pegou minha mão e a beijou , eu fiz o mesmo. Me abaixei e dei um beijo na testa dela e falei  – Eu amo o Matt, nós vamos ficar juntos e eu darei todo o meu amor a ele. – ela sorriu  e o Matt me olhou. Olhei para ele e sorri – Isso mesmo Matt eu te amo e a gente vai ficar junto agora. – Maggie deu um suspiro, um sorriso enorme, juntou nossas mãos e as colocou na cama no colo dela.
- Eu os abençôo, meus amores. Morrerei feliz porque o Matt estará com a mulher que ele ama e que o ama também. – chamou nós dois e deu um beijo em cada um – Sejam felizes, pois eu o sou. – dizendo isso exalou o último suspiro e morreu do jeito que ela era calma e serena e com um sorriso nos lábios.
             O Matt caiu em um pranto convulsivo. Soluçava e a única coisa que eu consegui fazer além de chorar com ele foi encostar a cabeça dele em meu peito e tentar consolá-lo. Neste momento ele era uma criança. O levei para fora daquele quarto de hospital. Mas ele voltou, ele queria ficar com a mãe. Deixei ele sozinho um pouco, sabia que ele queria ficar a sós com a mãe. Enquanto isso eu tratei de falar com os médicos, de pegar o atestado de óbito. Como ela tinha morrido de câncer generalizado, ela tinha que ser enterrada logo. Falei com os médicos, liguei para uma funerária buscá-la. E fui até o Matt ele chorava ainda, estava muito nervoso. A enfermeira deu a ele um calmante e eu o levei para casa. O coloquei no quarto, e ele dormiu sob os efeitos do sedativo. Peguei a agenda da Maggie e procurei pelos nomes dos amigos mais próximos e familiares. Liguei primeiro para a Samantha a tia do Matt. Ela veio correndo chorando também, mas enquanto ela ligava para os familiares e amigos, eu fui até a funerária ver os preparativos. Ela teria que ser enterrada no dia seguinte no máximo a noite. Cuidei de tudo. Do funeral, do caixão, do cemitério. Voltei para casa já era de tardinha. Encontrei o Matt chorando ainda, mas mais calmo. Perguntei a ele se ele queria algo suntuoso ou mais famílias. Ele só queria a família e os amigos mais próximos, então a Sam ligou para eles e falou onde seria o enterro e tudo. O velório seria na funerária. Ele quis assim.
            Avisei as meninas que eu não iria no coquetel em respeito a memória de Maggie. Apesar do coquetel ser em homenagem aos BSB e a nova banda ( ou seja, nós), eu não podia. A Izzy tentava me fazer mudar de idéia:

- Mas Val, é pra vocês  esse coquetel, você deveria ir.
- Eu sei, Izzy, mas o Matt precisa de mim, ele está muito triste, inconsolável. Eu preciso ampará-lo. Eu precisei dele tantas vezes e ele sempre esteve ao meu lado. Agora é a minha vez, eu devo ficar ao lado dele consolando eu sei que isso não trará a Maggie de volta, mas pode aliviar um pouco sua dor.
- Mas não é só por isso que você vai ficar ao lado dele, não é, Val? Tem mais coisa aí.
- É Izzy.  Nesse período em que estamos namorando. Depois que nos separamos e ele ficou aqui cuidando da mãe, eu percebi que estava apaixonada por ele.
- Eu sabia! Eu vi isso nos seus olhos!! Aliás não só eu, mas todo mundo que te conhece. Mas e quanto ao priminho? – disse ela rindo, se referindo ao Kevin. Já que ela e o Brian estavam quase namorando, agora ela o chamava assim.
- Eu não sei – eu disse, suspirando – não sei o que realmente se passa aqui dentro – e apontei para o meu coração -  só sei que agora eu vou ficar com o Matt. Por favor explique para o pessoal. Preciso ir.

            Me despedi e voltei pra casa do Matt. Ele estava sentado na cama, chorando,  com as mãos apoiadas na cabeça. Bati na porta meio que sem jeito por atrapalhar sua dor. Ele levantou a cabeça e pude ver seus olhos vermelhos de tanto chorar.
            Matt e Maggie sempre foram muito unidos. John, seu pai, morrera em um acidente de carro quando ele tinha 9 anos. Desde então a mãe tomou conta dele. Depois da morte do pai, a família se resumiu aos dois. Maggie deu mais do que todo o maior que uma mãe poderia dar.
            Quando ele ficava doente, ela largava tudo só para cuidar dele. E foi em meio a todo esse carinho e atenção que Matt cresceu. Cresceu e se tornou um homem muito belo e mais do que isso, inteligente, astuto, sagaz, um perfeito cavalheiro. Matt era de uma família rica. Apesar de poder Ter tudo o que ele queria, ele evitava coisas fúteis. Sues pais trabalharam muito para Ter o que tinham. Os dois nasceram pobres, se casaram cedo, Maggie tinha 17 e John, 20. Sempre se amaram muito. Desde a primeira vez que se viram. Com 19 anos, Maggie teve Matt.
            Matt foi criado com todo o amor e carinho que uma criança deseja. Seus pais ainda eram pobres quando ele nasceu. John, após o nascimento de Matt, prometeu a si mesmo que daria uma vida digna ao filho. Pegou todas as economias e abriu uma loja de brinquedos. John tinha um Dom para os negócios. Era muito esperto e ensinou essa esperteza para Maggie que ensinou anos depois para Matt. Mas apesar da esperteza e do gênio de marketing que era, John era um homem muito honesto e por essa sua honestidade, ganhou muitos clientes.
            Quando Matt fez um ano, John já estava prosperando. Dois anos depois de Ter aberto a primeira loja, john já tinha 12 filiais. Suas lojas eram conhecidas como as lojas das crianças. Tudo lá era feito para elas. Logo, abriu uma rede de supermercados. Um dia resolveu juntar os dois. Nas 3 principais e maiores supermercados John montou a loja de brinquedos dentro deles. Enquanto os pais faziam compras, as crianças se divertiam e por fim, os pais sempre acabavam levando algum brinquedo para seus filhos.
            John trabalhava dia e noite. Mas sempre esteve perto de Matt. O filho era a sua alegria, sua vida, junto com a sua linda esposa Maggie.
            Quando Matt fez 4 anos, seu pai já tinha supermercados, lojas de brinquedos, até shoppings, John investiu na bolsa aconselhado por Maggie, ganhou fortunas.
            Quando Matt fez 5 anos, seus pais estavam muito ricos. Apesar do dinheiro que ajudava muito na felicidade ( hipócrita aquele que diz que não ajuda), eles se amavam mais do que tudo. Eram uma família perfeita. E a infância de Matt foi recheada de alegrias. Tempos esses que ele sempre se lembrava com alegria.
            Mas um dia quando seu pai foi ao trabalho, não mais voltou. Matt esperava por ele, mas ele nunca mais voltou. Sua mãe chorando contou a ele que seu pai havia ido para um lugar melhor, para cuidar melhor deles. Toda noite, antes de dormir, Matt olhava para o céu e agradecia ao seu pai por cuidar dele e dizia que sentia saudades. Até hoje ele fazia isso. Um costume inocente que o ajudou a superar a dor de perder seu pai.
            Sua mãe o ajudara a superar. Toda noite ela o ajudava a falar com o pai. Sua amada mãe que sempre o ajudara nos momentos difíceis, sua heroína, seu pilar. Sua vida. Que agora não mais estava ali.
            E agora lá estava ele, indefeso e chorando na beira da cama pela perda da mãe. Ela não estava ali para apertar a mão dele e dizer coisas boas. Eu olhei para ele, sem conseguir falar nada. Ele fez um gesto com a cabeça dizendo que eu podia entrar. Entrei e a única coisa que consegui foi sentar ao lado dele e deixá-lo chorar no meu ombro. Indefeso, completamente indefeso, uma criança assustada com a morte. Era muito triste olhar para aquele homem de 23 anos chorando como um bebê.
Me levantei e falei que ele teria que se arrumar para o velório. Lembrando que eu tinha um coquetel ele falou que eu poderia ir. Eu via em seus olhos que queria que eu ficasse, e eu fiquei. Não só por ele, mas por mim, por Maggie, eu prometera a ela que ia cuidar dele e eu ia cumprir a promessa. Disse a ele que eu não iria. Que eu iria ficar com ele e ele sorriu e me agradeceu.
O velório foi muito triste. Foi muito simples, somente para os amigos próximos e familiares. Matt de repente decidiu que ela seria enterrada ao lado de seu pai, que ela amara até o último dia, ali na casa deles. O velório também foi lá. Na frente nas cadeiras que rodeavam o belo caixão onde estava Maggie em seu sono eterno, estavam eu, Matt, Sam e alguns parentes que eu não conhecia. Me olhavam com umas caras de quem não gostava nada daquilo. Uma desconhecida cuidando de tudo.
Matt quase não agüentou o enterro. Se segurava em mim que estava lá o apoiando. Depois do enterro muitos dos parentes vieram perguntar a Sam quem eu era. Estavam todos na sala de estar e eu estava passando por ali.
            Sam contou quem eu era. Falou que eu estava junto quando ela morreu e que eu estava ajudando e muito com tudo. E que eu era a namorada do Matt. Eles aceitaram bem até descobrirem que eu era pobre, acharam que eu queria dar o golpe do baú. Que eu era uma vadia qualquer que ia torrar todo o dinheiro que o Matt tinha. Me deu vontade de ir até lá e dar um soco em cada um e dizer que eu amava o Matt, que eu não sabia que ele era rico até ele me contar tempos depois. Tive vontade de dizer que eu só comecei a namorar ele a partir do momento que eu tive a certeza que estava apaixonada por ele. Que eu não queria o dinheiro dele, só queria ele ao meu lado. Mas pensei melhor e resolvi fingir que não tinha escutado nada e passei pela frente da porta e Sam me chamou e perguntou como estava o Matt falei que agora ele estava dormindo pois ele não tinha dormido nada ainda e avisei que eu ia preparar algo para a gente comer e que não iríamos descer para o jantar.
    Cheguei na cozinha e Paloma, a cozinheira espanhola veio ao meu encontro

- ¿Cómo estás, niña?
- Bien, Pama, Bien. – meu espanhol acabou por ali, voltei para o inglês – Mas o Matt não. O que tem aí que eu possa fazer para ele?
- ¿Usted? No, No, Niña ! Yo Cocino. Usted reposa!
- Mas, eu quero preparar algo para ele.
- No no no! Niña! Você tem que descansar – voltou ela a falar em inglês – Vá lá com o Niño que eu cuido da comida.

            Tentei falar para ela, mas ela não me deixou tocar em nada. Subi, fui para o meu quarto, tomei um banho, relaxei e fui ver como o Matt estava. Ainda chorava. Me senti impotente. Não podia fazer nada. Ele não se alegrava. Bati na porta do quarto e entrei. A Pama entrou logo depois, com a comida preferida dele. Lasanha. Ele não queria comer. Pama olhou para mim num pedido para que o fizesse comer. Sentei na cama, olhei em seus olhos muito azuis, passei a mão no cabelo dele numa carícia e disse:

- Matt, coma.
- Não estou com fome Val.
- A não, você tem que comer. Maggie me pediu para que eu cuidasse de você. Vamos coma, ela odiaria ver você assim.
- Sinto falta dela Val. – ele deixou correr uma lágrima
- Eu sei, meu amor, mas você não pode desistir, você tem que continuar a sua vida. Maggie queria netos, e você não terá nenhum filho se você ficar sem comer – limpei a lágrima dele – e não me faça ficar brava. Por favor, Matt come. É lasanha. Olha – peguei um pedaço e comi – eu até como se for pra você comer depois. Vamos meu lindinho, não seja um mau garoto. Será que eu vou Ter que te dar comida na boca?
- Oba! Assim eu como! – secou as lágrimas, me olhou fixamente, abriu a boca e apontou com o dedo pra boca – Yummy! Quero comer!
- Mas que menino manhoso! – Falou Pama
- Pois é, Pama, que coisa. Agora Matt, abra a boquinha... lá vai o aviãozinho...

            E assim eu dei comida pra ele na boca. Ele , por vezes deixava escorrer uma lágrima. Eu falei para ele que se ele se sentisse melhor, ele podia conversar com a mãe dele como falava com o pai. Já estava escuro. Ele falou com os pais e depois dormiu abraçado comigo, como uma criança.
            No dia seguinte ele já estava melhor. Dormiu até o meio dia. Eu estava olhando os preparativos para o almoço quando ele desceu me procurando. Feliz por eu ainda estar lá. Me abraçou e me deu um beijo a Pama já feliz da vida pelo seu niño estar melhor deu um sorriso. Ele comeu bem naquele dia.
            E assim se passou uma semana. Ele já tinha voltado a ser o Matt de sempre. Um dia, a noite, ele apareceu na porta do meu quarto. Eu estava lendo um livro quando percebi a sua presença. Fechei o livro e o coloquei no colo. Ele continuava me olhando. Me olhava fixamente, como se só existisse eu e ele no mundo. Dei um sorriso e o convidei para entrar. Ele entrou e se sentou na beirada da cama. Nunca o vi tão lindo. Estava iluminado. Feliz. Perguntei o por que e ele disse que tinha falado com a mãe através de sonhos .
 

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